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Novas condições de financiamento devem aquecer o setor imobiliário

A Caixa reduziu os juros para cotistas do FGTS até 31 de dezembro e ampliou a faixa de renda familiar.

A Caixa Econômica Federal (CEF) apresentou duas mudanças para o financiamento imobiliário: extensão da faixa de renda para compra da casa própria pelo programa Casa Verde e Amarela e redução de juros. Com isso, os agentes do setor imobiliário acreditam no aquecimento do segmento.

Com a mudança, as quatro faixas passaram a englobar mais famílias. A faixa dois, que antes abrangia famílias com renda de R$ 2,4 mil até R$ 2,6 mil, agora chega até R$ 3 mil. A faixa três compreende famílias com renda de R$ 3 mil até R$ 3,7 mil, a quarta, de R$ 3,7 mil até R$ 4,4 mil, e a última faixa, de R$ 4,4 mil até R$ 8 mil.

Na faixa 1 podem pegar empréstimos famílias com renda bruta mensal de até R$ 2,4 mil. Os juros praticados também foram alterados: a taxa nominal fica em 4,75% ao ano na primeira faixa; 5,25% a.a. na segunda; 6% a.a. na faixa que vai de R$ 3 mil a R$ 3,7 mil de renda; 7% a.a. na faixa de R$ 3,7 mil até R$ 4,4 mil; e 7,66% a.a. na última faixa.

Para segurados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), há um desconto de 0,5% na taxa de juros contratada.

Conforme Eli Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-MS), as medidas aquecerão ainda mais o setor imobiliário.

“Existia uma faixa de valor que era um gargalo do setor. Agora a expectativa é boa para o mercado, pois é mais um incentivo e certeza para o comprador de que o momento de comprar é agora, com um financiamento com taxas menores que há alguns anos”, comenta.


JUROS

Para aqueles que se enquadram na linha Pró-cotista, as taxas de juros foram reduzidas para os contratos firmados até 31 de dezembro. As novas taxas partem de Taxa Referencial (TR) mais 7,66% ao ano para imóveis de até R$ 350 mil, representando uma redução de 1 ponto porcentual.

A modalidade utiliza os recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS. Para ter acesso a esta linha, o consumidor precisa ter conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições. Caso a conta esteja inativa, é necessário que ela tenha saldo superior ou igual a 10% do valor do imóvel.

Para imóveis com valor de avaliação acima de R$ 350 mil, limitado ao teto do Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que é de R$ 1,5 milhão, a taxa foi ajustada para Taxa Referencial (TR) mais 8,16% ao ano, o que representa 0,5 ponto porcentual de redução.

Outra mudança é que a cota de financiamento na linha Pró-cotista foi ampliada para até 80% do valor de avaliação do imóvel.

De acordo com o presidente do Secovi-MS, a redução na taxa de juros também traz um impacto positivo, pois outras instituições bancárias deverão se ajustar para oferecer boas condições de financiamento aos compradores.

Em 2021, o Índice Nacional da Construção Civil (Incc) fechou em 13,84%. Nos primeiros seis meses deste ano, o acumulado chegou a 7,53%. Esse é o balizador para reajustes de tabelas de financiamentos imobiliários.


SAIBA

A Caixa Econômica Federal atualizou as condições de aquisição de imóveis por meio das linhas FGTS Habitação Popular e Pró-cotista.

O banco público atualizou as faixas de renda enquadradas no programa que utilizam recursos do FGTS e reduziu as taxas de juros da Pró-cotista.

A Pró-cotista é a linha do Casa Verde e Amarela destinada ao financiamento de imóveis de médio e alto padrão, e a mudança nas taxas é vista pelo setor como importante para evitar uma aceleração nos distratos, diante da alta dos juros.



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